Aspectos físicos
Relevo
A disposição do
relevo Moçambicano é de certa forma desconfigurada,
variando de região para região mas com temperaturas medias
de 25 graus, sendo que na região sul de
Moçambique ha predominância de planícies e
na região sul e norte caracterizada por planaltos e montanhas.
Clima
O
clima em Moçambique, influenciado pelas monções do Oceano Índico e pela
corrente quente do Canal de Moçambique, é de uma maneira geral tropical e
húmido, com uma estação seca que, no Centro/Norte, varia de quatro a seis meses
enquanto no Sul, com clima tropical seco, se prolonga por seis a nove meses. As
chuvas ocorrem entre Outubro e Abril. Nas montanhas, o clima é tropical de
altitude. As temperaturas médias são da ordem dos 20º no Sul, enquanto a Norte
esse indicador ronda os 26º.
Vegetação
Moçambique
é rico em fauna e flora, terrestre e marítima. A orografia e o clima determinam
três tipos de vegetação: floresta densa nas terras altas do Norte e Centro do
País, floresta aberta e savana no Sul e, na zona costeira, os mangais. Estes
ecossistemas constituem o habitat de espécies selvagens como elefantes, leões,
leopardos, chitas, hipopótamos, antílopes, tartarugas, macacos e grande número
de aves. A esta riqueza associam-se belas paisagens, quer nas zonas altas, quer
nas zonas costeiras.
Hidrografia
Quase
todos os rios de Moçambique
correm de Oeste para Leste, dada a diminuição da altitude, do interior até ao
Oceano Índico.
O rio Zambeze é o mais importante, percorrendo
cerca de 850 km em território moçambicano. É navegável em metade do percurso e
foi a principal via de penetração no interior, no início da colonização
portuguesa. O seu vale assemelha-se a uma extensão da costa, com uma língua que
penetra no interior da planície ao longo de 300 milhas. O rio atravessa uma
falha vulcânica, sendo as suas margens uma estreita planície aluvial, e uma
camada mais estreita ainda de escarpas que dão acesso às terras altas. É neste
local que foi construído o maior empreendimento hidroeléctrico de África, a
Barragem de Cahora Bassa.
O rio Save foi usado principalmente como porta
de entrada para o interior, no tempo das descobertas, encontrando-se a sul as
ilhas Bazaruto. Local repleto de pescadores de pérolas, de turismo florescente
e recifes de corais. No extremo
Sul, litoral de Moçambique, localiza-se a baía de Maputo
Produção
Um país
predominantemente rural, Moçambique tem enfrentado grandes mudanças
socioeconômicas nas últimas décadas. Arrasado por mais de 15 anos de guerra
civil, o que tornou o país um dos mais pobres do mundo, a trajetória de
Moçambique nas últimas duas décadas é agora marcada pelo fortalecimento
institucional, a consolidação da democracia e o crescimento econômico
impressionante – o produto interno bruto cresceu mais de 6,5% ao ano nos
últimos cinco anos.
Mesmo com
esses avanços consideráveis, Moçambique continua a enfrentar sérios desafios,
já que o crescimento econômico por si só não reduziu a insegurança alimentar.
Cerca de 60% dos 24,4 milhões de moçambicanos vivem nas áreas rurais, que
reúnem mais de 80% dos pobres. Moçambique é classificado na 184ª posição dos
187 países no Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD, e de acordo com o
Banco Mundial, cerca de 54% da população vive abaixo da linha de pobreza
nacional.
A
agricultura de pequena escala é responsável pela maior parte da produção
nacional em Moçambique, no entanto as receitas provenientes da agricultura não
são muito altas, e a produção é largamente influenciada pelos choques
climáticos recorrentes, o que afeta diretamente as condições de segurança
alimentar. De acordo com o PMA, Moçambique é o terceiro país mais afetado na
África por riscos relacionados ao clima, o que torna o país particularmente vulnerável
em termos de segurança alimentar. A deterioração dos termos de troca devido ao
aumento dos preços internacionais dos alimentos e dos combustíveis também são
obstáculos para aumentar a renda dos pequenos agricultores no país.
Oportunidades
continuam a surgir no país, à medida que parte de seu potencial agrícola que é
hoje subutilizado começa a ser mais explorado. A produção agrícola tem
melhorado significativamente desde o fim da guerra, aumentando a produção e
reduzindo a dependência de remessas de ajuda alimentar.
Classificação DIT e PIB
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Estimativa
de 2014
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Total
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População
Etnia
Numa
posição estratégica da costa oriental de África, Moçambique tem sido ao longo
dos tempos tem sido ocupada por muitos povos, apresentado um enorme mosaico de
indivíduos de diferentes origens e culturas: africanos (negros e mestiços),
árabes, indianos, europeus, etc.
Os povos africanos que habitam actualmente
Moçambique são incluídos no grande grupo dos Bantu, que povoa quase toda a
África a Sul do Sahara. Dentro deste grupo há muitas subdivisões, ou etnias.
Cultura
A música de Moçambique pode servir a muitos propósitos,
que vão desde a expressão religiosa até cerimônias tradicionais. Os
instrumentos musicais são geralmente feitos à mão e incluem tambores feitos de
madeira e pele de animal, como a lupembe, um instrumento de sopro feito de
chifres de animais ou madeira, e a marimba, que
é uma espécie de xilofone nativo. A marimba é um instrumento
popular etre os chopes da
costa centro-sul moçambicana, que são famosos por sua habilidade musical e de
dança. A música de Moçambique é semelhante ao reggae e ao calipso caribenho. Outros tipos de
música são populares em Moçambique, como amarrabenta e outros tipos de música lusófona,
como o fado, o samba, a bossa nova e o maxixe.
Os macondes são famosos por suas máscaras e
esculturas elaboradas de madeira, que são geralmente usadas em danças tradicionais. Existem dois tipos diferentes
de esculturas em madeira: as shetani (espíritos malignos), que são em sua
maioria esculpidas em ébano, e as ujamaa,
que são esculturas em forma de totem que
ilustram rostos realistas de pessoas e de várias figuras. Essas esculturas são
geralmente referidas como "árvores genealógicas", porque contam
histórias de muitas gerações.
Durante os últimos anos do período colonial, a arte
moçambicana refletiu a opressão pelo poder colonial e tornou-se símbolo da
resistência. Após a independência em 1975, a arte moderna passou para uma nova
fase. Os dois artistas moçambicanos contemporâneos mais conhecidos e mais
influentes são o pintor Malangatana Ngwenya e o escultor Alberto Chissano. Uma boa parte da arte pós- independência, durante os anos 1980 e
1990, reflete a luta política, a guerra civil, o sofrimento, a fome e a luta.
Danças tradicionais são geralmente complexas e
altamente desenvolvidas em todo o país. Há muitos tipos diferentes de danças
tribais, que geralmente são ritualísticas por natureza. Os chopes, por exemplo,
atuam em batalhas vestidos com peles de animais. Os homensmacuas vestem
roupas e máscaras coloridas, dançando sobre palafitas ao redor da aldeia por
horas. Grupos de mulheres na parte norte do país realizam uma dança tradicional
chamado tufo, para comemorar feriados islâmicos.
Religião
A Igreja Católica Romana estabeleceu doze dioceses no país (Beira, Chimoio, Gurué, Inhambane,
Lichinga, Maputo, Nacala, Nampula, Pemba, Quelimane, Tete e Xai-Xai; arquidioceses são Beira, Maputo e Nampula). Estatísticas
para o número de católicos variam entre 5,8% da população na diocese de
Chimoio, para 32,50% na diocese de Quelimane.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Igreja Mórmon) estabeleceu
uma presença crescente no país e começou a enviar missionários para Moçambique
em 1999, e, em dezembro de 2011, tinha mais de 5 600 membros. Entre
as principais igrejas protestantes no país estão aCongregação Cristã em Moçambique, a Igreja União Baptista de Moçambique, a Assembleia de Deus, os Adventistas
do Sétimo Dia, aIgreja Anglicana da África Austral, a Igreja do Evangelho
Completo de Deus, a Igreja Metodista Unida, a Igreja Presbiteriana de Moçambique, a Igreja de Cristo e a Assembleia Evangélica de Deus.
A Fé Bahá'í tem estado presente em Moçambique desde o
início da década de 1950, mas não se identificava abertamente nesse período
devido à forte influência da Igreja Católica no governo, que não a reconheceu oficialmente
como uma religião mundial. Com a independência, em 1975, o
país viu a entrada de novos pioneiros. No total, havia cerca de três mil
bahá'ís declarados em Moçambique em 2010.
Os muçulmanos estão particularmente presentes no norte do
país. Eles são organizados em várias irmandades (do ramo Qadiriya ou
Shadhuliyyah). Duas organizações nacionais também existem, o Conselho Islâmico
de Moçambique (reformistas) e do Congresso Islâmico de Moçambique (pró-sufismo) . Há também importantes associações
indo-paquistanesas , assim como algumas comunidades xiitas e ismaelitas.
Politica
Moçambique é uma país democrático baseado num
sistema político multipartidário. A Constituição da República consagra, entre
outros, o princípio da liberdade de associação e organização política dos
cidadãos, o princípio da separação dos poderes legislativo, executivo e judiciário,
e a realização de eleições livres.
Comidas tipicas
Depois
de quase 500 anos de colonização, os portugueses impactaram
significativamente a cozinha moçambicana. Culturas como a mandioca (raiz amido de
origem brasileira),castanha de caju (também de origem brasileira , embora Moçambique já
tenha sido o maior produtor deste produto) e o pãozinho, que são pães franceses trazidos pelos portugueses.
O Uso de especiarias e temperos, como cebola, louro, alho, coentro, páprica, pimenta, pimentão vermelho e vinho
foram introduzidos também pelos portugueses, assim como cana de açúcar, milho, milheto, arroz, sorgo (um tipo de grama) e batatas. Prego (rolo de carne), rissole, espetada (kebab), pudim e o popular Inteiro com piripiri (frango inteiro com molho da
planta piri piri), são todos os pratos portugueses comumente consumidos pela
populaçãoatual de Moçambique.
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